quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Ser ou não feliz

"feliz adj m+f feliz (felizes [fəli'zəʃ] pl) [fə'liʃ]
1 favorecido pela sorte
Ele é feliz com as mulheres.
2 que goza de bem-estar
Ele tem uma vida feliz.
3 que teve bom resultado ou fim
A aventura teve um final feliz.
4 bem imaginado  
uma ideia feliz"


Pois é, tomei a liberdade de fazer uma busca rápida sobre a palavra ou conceito, chamem-lhe o que quiserem e só consigo chegar mesmo à conclusão que disto "não gasto por cá por casa", não que não exista em minha casa daí as aspas, mas não sei se existirá o sentimento em mim. Conheço o conceito é certo, senão doutra forma não sentiria a sua falta e não me lembraria sequer de toda esta problemática. O certo é que se eu "dissecar" o significado não enquadro a felicidade na minha vida actual. Vejamos:


- Favorecido pela sorte - Não sou o vencedor do Euromilhões, não me aparecem propostas milionárias de trabalho, não descubro que tenho um gene extraordinário que me faz ser uma valia para o mundo científico, não tive sequer a sorte de cair no caldeirão mágico da poção dos Gauleses quando era pequeno.


- Que goza de bem-estar - se gozasse de bem estar, não estaria certamente a levantar tal questão, se falam de bem estar físico em vez de psicológico, também é negativo, tenho psoríase e uma comichão descomunal e constante e não me posso andar para aí a coçar, como é óbvio, andei metade do inverno até presente, com constipação atrás de constipação e até uma infecção respiratória tive! Acho que também não é aqui que se enquadra a palavra então...


- Que teve bom resultado ou fim - Esta até poderia levar-me a pensar, "Poxa pá! Até hoje todas as doenças que tive tiveram cura ou tratamentos que ajudam a suporta-las, quase todas as más experiências me levaram a caminhos diferentes tornaram-me mais adulto e quase todas as relações me trouxeram alguma coisa boa. Eis que quando me começo a lembrar de todas as outras decisões que tomei que não foram "bafejadas" pela sorte e que não tiveram bom resultado ou fim e umas até, que ainda nem terminadas estão.


- Bem imaginado - A minha imaginação é grande e desenvolta o suficiente para me fazer feliz, mesmo sendo essa felicidade momentânea. Agora o que está em questão é: Estamos a falar de felicidade imaginária? Ou de planos que são imaginados pela minha mente? Se forem os segundos, falham a toda a hora...e eu queria apenas um plano que tinha imaginado, mais que todos os outros, com todas as minhas forças e vontades até hoje, o único que tinha de dar certo e não deu porque não dependia de mim, foi mal imaginado por mim? Talvez...




Seja como for, somando tudo e excluindo a felicidade momentânea que me é trazida por amigos ou familiares, sou hoje homem o suficiente para admitir que não sou feliz, que conheço a felicidade, que sou um homem bem disposto e que a procura por vezes, espera por ela noutras, mas que ainda não a têm, porque se calhar nem é minha para ter, porque se calhar apenas tenho permissão para a provar ocasionalmente...algo tão bom devia ser constante na nossa vida...

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Verdades pequenas...

Como se metem bolhinhas no sumo? Porque é que a espuma aparece na água? Não sei o motivo para saber que gosto de sumos com bolhinhas e de ver a espuma das ondas a rebentarem na praia...ou de uma forma mais mundana a espuma de uma imperial acabada de tirar. A verdade é que não sei como funciona e gosto, tal como não sei como funcionam as mulheres e gosto, não preciso de perceber...preciso de saborear, de observar, de desejar enquanto olho...é um bocadinho mais complicado que isto...mas todas as grandes certezas começam por aceitar verdades pequenas.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Um último olhar

Não olho os teus olhos porque se o fizer a saudade transformará o meu corpo em pedra...mas em pedra já se encontra o meu coração...porque não o resto do meu corpo? Abdico então do meu ritmo cardíaco e do meu calor corporal para te fitar uma última vez...Medusa dos meus sonhos...

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

20 e poucos...

E lá chegaram os 28...já posso dizer que sou um rapaz de 20 e poucos...visto que 8 até são poucos...fico à espera do meu charme à George Clooney entretanto...






segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Polar Postcrossing 2011 - Eu VOU!

E já se encontra no marco do correio o meu postalito para a "postal pen friend" que me calhou no sorteio da senhorita Polo Norte!!!

Devo confessar que é um experiência agradável colocar um postal para um desconhecido no correio. "Será que vai gostar?", "pelo que li no blog dele/a há-de ser fixolas", enfim...vamos aguardar então a chegada dos postais e ver no que isto dá!
HO HO HO!

Coração por uma trela

Deus pôs-nos numa terra que enterra os seus esquecidos
Seus filhos protegidos numa terra ao Deus dará
Meus sonhos nunca cumpridos certamente estão vencidos
Teus sonhos vencidos e cortados por uma guerra muito má

Certo e sabido é o desgosto que acompanha os nossos caminhos
Desperto ferido o meu corpo que arranha contra esse mar de espinhos
Encoberto e envolvido num fogo posto, dragão que abocanha os meus sentidos
Liberto e desprendido enquanto me entrego aos teus gemidos.

Sentes então o sofrimento, o desgaste o desespero
Que é ter um coração amarrado com uma trela de espigões
Mentes se não vês sustento no que amaste sem tempero
Com a sensação do queimado pinto na minha tela sensações.

Mas já não sinto, eu não pinto, minto com pincéis na minha mão
Tu tens navalhas, tesouras, facas que lembram bisturis
E eu já não sinto, nem pinto, nem sequer minto em sonhos fiéis de imaginação
Onde fornalhas mouras queimam os sonhos que me faziam feliz.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Por entre saudades e falhas...

Há dias que temos dificuldade em encontrar as nossas prioridades. No meio desta tosse infernal (sim o menino está a mãos com uma infecção respiratória) só consigo direccionar o meu pensamento para um assunto a 800km de distancia ou coisa que o valha. Penso em como ter asas seria bom e em como as saudades me apertam o coração. Contudo, penso também que esta é uma boa altura para deixar as pessoas que amo orgulhosas de mim e principalmente para auto preencher falhas que marcam a minha personalidade.
Ter uma personalidade com falhas é perfeitamente normal pensam vocês, não há ninguém perfeito, completam ainda. Pois bem, mas existem falhas desnecessárias, aquelas que sabemos perfeitamente que temos e que nos prejudicam a nós também...lista de falhas em compilação...é para resolver!

domingo, 27 de novembro de 2011

Quando se gosta e não se sabe porquê...

Amores não há muitos na vida e costumam ser bem irracionais...costumo escrever do amor que tenho e das paixões que me vão arrebatando por este caminho estreito e comprido que é a vida. Hoje, porém, vou celebrar um dos amores que me preenche alguns tempos livres e que me dá alegrias quando às vezes nada corre bem! (Recordem-se que os amores não são racionais e nem toda gente tem de amar o mesmo)

sábado, 19 de novembro de 2011

Caminhos

Caminhos que sigo, caminhos seguidos,
Sozinho comigo, em destinos perseguidos,
Direcções sem rumo numa só direcção,
Divagações que assumo de alma e coração,
Caminhos que sigo num sentido único e viciado
Sozinho não consigo, mudar o rumo deste meu fado.

domingo, 13 de novembro de 2011

Noite de chuva...

Segundos que aguardo expectante
Após clarão de proporção tamanha
Ruídos profundos em sinfonia distante
A sós com a noite neste serão que me acompanha
Mundos que guardo numa imaginação adolescente
Num acto atroz em que só a tristeza me ganha...

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Selos, Selinhos, Selões!

Ora então sexta de chuva em casa...vamos lá tratar do Selo que a cê-agá me passou, acho que assim meio sem ter noção mas que os Excentri-coiso-e-talianos terão então de viver com a ideia que se encontram com um selo de qualidade na nalga esquerda!

Isto do Selo envolve algumas regras que eu passo a partilhar:

1. Publicar o selo e o blog que o enviou;
2. Publicar o questionário e responder;
3. Indicar outros dez blogs e indicar os seus donos.

Questionário:

O que eu mais gosto em mim:

- Gosto de passar a vida a sorrir, não consigo ficar triste ou amuado muito tempo, gosto ainda de ser meio tarado!

O que menos gosto em mim:

- Ser preguiçoso e pouco ambicioso (esta última não é tão linear como todos devem estar a pensar)

Se eu ganhasse o Euromilhões:

- Resolvia a questão burocrática nos primeiros dias e dividia o meu prémio por alguns bancos diferentes, resolvia a situação financeira de parentes próximos (Pais. Irmã e tios), depois de estar alojado numa casa decente, ter um carro decente e um camarote no Estádio da Luz iria viajar, combater a minha inércia e ver coisas, sítios e pessoas novas!

10 coisas sem as quais não viveria: (esta é complicada)

- Depois de descobrir o que é amar a sério viver sem o amor seria impossível.

- Sexo. Encarem-no como quiserem, todo ele faz falta, desde aquele com mais amor e sentido, até ao mais carnal e físico.

- O meu BENFICA

- Desporto, não consigo deixar de gostar de fazer desporto e encaro-o como um método de me manter saudável.

- Computadores e tecnologia, é o que me permite estar a partilhar isto agora e é o meu ganha pão.

- A escrita...a minha poesia, o facto de poder pintar retratos com caligrafia em vez de usar traços com um pincel.

- Os meus amigos, que me convidam tantas vezes para tudo e mais alguma coisa e que eu de vez em quando deixo plantados à espera. São eles um dos pilares que me sustenta. (Família incluída neste ponto).

- Sem o Euromilhões esta é um must have, o meu trabalho, eu cá não tenho medo de trabalho e é ele que me paga as contas e me permite viver. É ainda através dele que conheço pessoas espectaculares.

- Doces e guloseimas, junkfood, para que julgam que faço muito exercício??

- Cremes e tratamentos da Psoriase. Sim, sofro disso e é extremamente inestético o que vai contra a minha vaidade por isso também são um must have!

Qual o significado de um Blog para mim:

- Um blog é um extensão da nossa mente, esteja ele submerso na segurança da confidencialidade ou sendo um facto conhecido que és dono de um, não deixa de ser um sitio onde mais que provavelmente vais escrever opiniões, dissertações sobre todo e qualquer assunto que surja ou que te esteja a provocar vontade de falar ou comentar.

O que é beleza para mim:

- Eu vejo beleza em muitas coisas. Houve uma altura em que beleza para mim era ouvires sinfonias dentro da cabeça após um toque ou um beijo da pessoa que amas. Hoje mais maduro, vejo beleza nos versos de um poema, vejo beleza na natureza e ainda acho mais belo quando ambos se encontram, tomarei então a liberdade de traduzir livremente uma  frase de um filme que fundamenta o meu ponto de vista: "O desabrochar perfeito de uma flor é um acontecimento raro. Poderia passar a vida à procura dele e não seria uma vida desperdiçada".

Para mim é belo...

Frase que marcou a minha vida:

- "Antes de dividir chega a todos" - era uma frase comum na minha família e tornou-me uma pessoa melhor.

10 Blogs a quem passo o Selo:

 - amnésia

- QB a medida certa

- As minhas receitas

- Quadripolaridades
 

- Tolan

- A torre

- tudo em minúsculas

- Beijo na Boca

- O blog do Desassossego

- A Pipoca Mais Doce





A imagem do selo é que não me convence muito...coisa efeminada! Mas pronto...tá feitinho.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Um homem merece ser mais do que um número na terra...

Não sou poeta, não sou escritor, não sou um homem das letras, gosto de dizer o que penso e pensar o que digo. E é neste processo que me é involuntário e inintencional que dou por mim a dizer coisas cujo valor é inflacionado pelas pessoas que me rodeiam, colocam-me no meio de nomes conhecidos da escrita que não vou nem mencionar para não os desrespeitar, dão-me valor pelas palavras quando são palavras que poderiam ser ditas por qualquer outra pessoa.

Como puderam ver no meu post anterior, faleceu um amigo meu há uns dias atrás, a situação não poderia ter sido mais constrangedora. Desde o choque de sabermos desse facto até ao tentar encontrar motivos pelos quais as coisas acontecem da maneira que acontecem, foram ditas imensas coisas, especulou-se...muitos que não conheciam bem o homem por trás do rosto calmo e muitas das vezes sério próprio da profissão, não se contiveram e inventaram teorias e mais teorias para se calhar encontrarem um resquício de lógica em toda a situação para que pudessem enquadrar uma morte precoce nas suas vidas enfadonhas e lineares.

Não espero uma resposta linear...

Aceito as experiências, os sorrisos, as situações por que passámos e deixo o meu coração absorver esses momentos como coisas boas que a vida nos proporciona. Aceito ainda a sua morte como um aspecto simples do ciclo da vida. Nasce-se, vive-se e morre-se. Não interessa quanto tempo demoras a fazer cada um. Existem bebés prematuros, é porque estão ansiosos por nascer? Existem pessoas que morrem de doença prolongada, é porque não querem morrer? Não vou então dizer que morrer na casa dos 30 seja normal mas vou ser forçado a admitir o chavão "não é o quanto vives mas sim a intensidade de como vives a vida".

Porém há certos aspectos no que diz respeito a uma transição final que não me agradaram. A maior parte relacionadas com o acto do enterro.
Morrer no inverno se calhar só piora esta minha impressão e aversão à experiência. À chegada ao lote da campa a terra encontrava-se lamacenta, de lado na rua do cemitério junto onde nos encontrava-mos estavam várias coroas e ramos de flores arredados, já murchos, durante as palavras de um padre que aparentava não ser português e que tinha alguma dificuldade em ler pausadamente os escritos religiosos, um corvo grasna ensurdecedoramente, tornando o momento mais sombrio, rapidamente esquecemos tudo isso sob a possibilidade de um último adeus ao nosso amigo.
Os seus companheiros Rangers fizeram uma última homenagem de despedida e não contiveram os gritos bem altos das suas gargantas num momento que me arrepiou profundamente e me fez soltar mais umas lágrimas.
O caixão voltou a ser coberto e encaminhado para o seu destino final. O silêncio ensurdecedor das lágrimas e da falta de vontade de querer falar ecoava na minha cabeça mas foi interrompido pelo som seco e áspero das inchadas na terra, desta última a cair por cima do caixão. Ao colocarem as coroas e ramos por cima da campa, colocaram também o numero que a identificará para futuras visitas, foi neste momento, que nada mais me passava pela cabeça que a enorme revolta de este ser o nosso último destino...fechados numa caixa...debaixo da terra...com um número por cima...

Soltei um desabafo...

"Um homem merece ser mais do que um número na terra..."

Quando confrontado então mais tarde com o facto de dizer coisas bonitas respondi apenas:



"Abdicava das coisas todas que digo e que são consideradas bonitas para ter de volta a companhia dos que amo e já morreram"

domingo, 6 de novembro de 2011

Adeus amigo ='(

Já não escrevia aqui há uns tempos...estou até a negligenciar um Selo de qualidade atribuido por uma amiga e companheira blogger e prometo que actuarei de acordo assim que tiver tempo...hoje porém serviu para vir postar um poema e uma despedida...

O poema já está...a despedida é sempre mais difícil...um amigo cuja vida expirou mas cuja lembrança viverá para sempre nos nossos corações.



Imaginem um espelho a que atiramos uma pedra...os estilhaços...não imaginem a quebra...mas os pedaços de imagens refractadas que agora reflectem e em cada bocado de espelho, recordadas por ora estão memórias excelentes de um irmão mais novo ou mais velho, que por cada um de nós são guardadas como um tesouro, és tu em milhares de multiplicações, apesar do choro que causa uma partida, ficas então em milhares de corações. Reflexos do teu sorriso é o que o meu bocado de espelho mostra, fizeste o que achaste preciso e nós nunca voltaremos as costas. Imagem desse teu espelho como quadro vejo-te sempre com calma, memória de um grande homem, excelente amigo é o que guardo na minha alma.
 
Descansa em Paz Pedro Valente (nome não fictício pois uma homenagem  carece de um homenageado e este merece-o ser!)

Metade de Coração

Escrever para ver e viver o teu corpo e saber o sabor e lamber o suor, conhecer o melhor e nunca me contentar com duplicados inferiores em qualidade, nunca encostar lados opostos em favores de saudade. Escolher esta ultima em vez da mediocridade, porque um coração não cola, encaixa na outra metade. Não me quero encaixar, quero descobrir a metade que tem encaixe para mim, bem devagar passo os dedos nas arestas que, até me podem ferir mas só assim, a sangrar e a rir é que eu encaixo enfim num coração que ama, ri, chora, odeia e cuida de mim!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Arritmia sentimental

No escuro a ouvir Floetry
A pensar em ti
Coração onde palavras escrevi
Onde disse palavras que nunca ouvi
Ou ouvirei jamais
Palavras perdi não encontro mais
Num momento aqui
E daqui não sais
Serás prisioneiro de palavras banais
Em cativeiro gritas juras leais
Mas já não és inteiro
O teu grito já pouco vale
No escuro acendo o isqueiro
O coração imito em arritmia sentimental...

sábado, 15 de outubro de 2011

Rara...

Ya, anuindo em calão,
Acredito que és diferente,
Rara até e porque não
Alada ao contrário da gente.

Dás asas à imaginação,
Alias doçura ao quente
Natural de uma poção
Inacabada por uma vidente.
Ela que te queria fazer...
Lacrimeja por perfeição,
Amaria para te ter, mataria por um não!

Cai então a noite e chega a escuridão,
Avança a penumbra e precisas protecção,
Recompensa que és para a tentação
De tesouro apelidada em versos de uma canção.
Onde procuro não encontro igual,
Sinal que és única, uma diva,
Obra prima divinal.

Rói-se de inveja o anjo que te guarda,
Acompanha-te sem cessar
Morre todos os dias pela sua farda,
Olvida que é anjo para se enamorar
Só pela morena que protege e guarda...essa morena que quer amar.

sábado, 8 de outubro de 2011

Conversar assim...

Hoje ganhei 3 horas na conversa...
Sim, leram bem. Ganhei. Porque é que eu hei-de dizer que perdi três horas na conversa se essa conversa foi boa, se essa conversa é agradável e me ocupou a mente com vários assuntos misturados com sorrisos e tons sérios?
Fossem todas as conversas horas ou minutos ganhos em vez de perdidos. Fosse a vida feita em conversas dessas e acho que as pessoas valorizariam mais o contacto humano, valorizariam mais o diálogo, valorizariam mais os bons faladores em vez dos que nos fazem perder horas na conversa, os que não querem conversar mas sim ouvir a sua própria voz. Para esses, existe o monólogo, que o vão praticar para longe...bem longe.
Hoje para além de conversar, partilhei experiências e quem falou comigo partilhou as suas, conversar significa então dar e receber também...nunca tinha associado esta experiência à palavra conversar mas é exactamente isso que acontece, eu dou a minha voz à outra pessoa e ela dá-me a dela, eu mostro a visão dos meus olhos por palavras e recebo o mesmo em troca, visões diferentes, únicas talvez, traços de personalidades que se tocam através de um dialogo...
Se eu tivesse de conversar mais vezes, não me importaria de o fazer, conversar assim é bom...

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

falta de inspiração...

Procuro palavras para embelezar versos com imagens dentro...mas a tinta teima em não fixar esses quadros, palavras teimosas que surgem inúmeras vezes e palavras fora de série que teimam em não entrar na minha série de palavras...acho que é altura de dormir...talvez o sonho renove e inove o vocabulário que pinta os meus poemas...talvez o sonho me faça feliz e traga até mim essas palavras que me deixam incompleto...

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Um dia depois de amanhã

Um dia depois de amanhã,
É lá que faço os meus planos,
É lá que recordo o passado,
Um dia depois de amanhã
Rompo os panos
Das velas deste barco pesado.
Um dia depois de amanhã
Já sem rumo há alguns anos
Sem bóia e a nado.
Um dia depois de amanhã
Será um dia insano
E eu serei um homem mudado,
Um dia depois de amanhã
Não será dia e a esperança será vã,
Nasço, cresço, envelheço e morro
E só uma melodia avança nessa mentalidade sã,
Mas essa melodia é minha herança
E eu nascerei, crescerei, envelhecerei e morrerei de novo,
Um dia destes, num destes dias depois de amanhã...

domingo, 2 de outubro de 2011

Psicologia barata...

Posso falar sobre tudo o que me apetece, creio que vocês puderam já comprovar esse facto. Ainda assim, continua a ser-me extremamente difícil aceitar alguns aspectos desta minha nova vida. Continua a existir um enorme vazio...a amizade atenua mas não cura, tal qual morfina que me dá uma sensação de bem estar momentâneo, procuro sensações fortes para me ajudar a sentir-me vivo, sou como que um drogado psicológico cujas experiências intensas funcionam como substância proibida.
Dizem que todo o vazio pode ser preenchido, que todos os Homens têm algo que os pode motivar a serem completos e felizes e que tudo fará sentido um dia...

Ora vamos lá ver, eruditos e pensadores desse mundo, desafio-vos a encontrar esse sentido antes de morrerem, porque se esse sentido é só para ser interpretado por esses supostos eruditos e pensadores após a morte de outros tantos, tenho uma novidade para vocês: Não são pensadores! São observadores, são congeminadores de soluções utópicas e hipotéticas!
E ainda se atrevem a dizer que eu tenho um problema de negação e que admitir falhas e erros e vocalizar as minhas mágoas seria o caminho certo e mais são...
Não preciso nem nunca precisarei das vossas psicologias baratas! Tenho cérebro para pensar por mim, tenho forças para não me deprimir, tenho armas para combater a insanidade que o vazio possa aproximar, sou um Homem com H grande, represento a parte da nossa raça que é inconformada e que não se abate com dificuldades, lutadores do destino...
Isto tudo não afasta o vazio,tenho noção disso...não me verão a rastejar ainda assim, estoicamente lutando para ser diferente, lutando estoicamente para não ser uma ovelha entre o vosso rebanho homogéneo e enorme, estoicamente corajoso...sem medo mas receoso, ponderado, sem medo de viver o meu sentido!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Dia de labuta terrível...ou não!

De barriga confortável depois de tomar um pequeno almoço tardio, sento-me no sofá com o computador no colo e nem sei sobre o que escrever mas apetece-me escrever. Não quero pensar em demasia, não quero elaborar o melhor poema da minha vida, não espero que saia nada da ponta dos meus dedos a não ser aquela "conversa de encher chouriços", o "chit-chat" aprazível de quem se está marimbando para tudo à sua volta porque estes cinco, dez minutos são só meus! Muahahaha! Hoje não há crise, hoje não é dia de pensar no trabalho, hoje não é dia de pensar nos problemas e agora que me lembro...hoje é dia de Glorioso!!
Já que tenho de estar em casa à espera do homem do gás, sim porque o contador da água já vieram trocar, vou, à falta de palavra melhor e utilizando um calão que me é familiar, "tchilar"!! Ficar sentadinho de papo para o ar, sem preocupações, sem ninguém a moer-me o juízo, inspeccionar uns perfis de umas babes no facebook, ver um filmezinho ou outro, fazer uma pizza para não ter de cozinhar, enfim, aguardar o jogo com o esforço mínimo e indispensável!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Criar

Ideia que se desenvolve
Como uma célula que evolui,
Semeia um conceito que não se dissolve,
Óleo que não se dilui,
Destaca-se então das restantes
Rapidamente sobressai,
Deixou de ser um pensamento
Efusivamente me tornei seu pai.

E sem saber já fomentava crescimento,
Abstraído originava sem talento
Algo mais que crescia sem parar,
Como pais, às vezes não sabemos educar.
Passa tempo sem pausar,
Passa atento sem vagar,
Interpretar essa evolução é meu o papel,
Se a gerei e fomentei,
Ao falar e a dar exposição como se tratasse de um Nobel,
Educarei e ordenarei
A ponderar a altura da sua libertação nesse mundo cruel.

Oportuna e desenvolvida,
Preparada para se mostrar,
Importuna se descabida,
Por mim interpretada na palavra Criar!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Ainda estou cá...

Faz tempo que não me sento um pouco a não ser para descansar ou para comer, até as minhas férias foram passadas num ritmo frenético de deitar tarde e levantar cedo todos os dias para aproveitar ao máximo todos os momentos. A vida é isto, aproveitar o que nos é dado, por pouco que isso seja e fazer por ter algo mais que esse pouco. Se tivesse que personificar de alguma forma esta situação, diria que temos de vigarizar a vida de maneira a que a vida nos possa dar mais do que planeava...o puro "Hustle", que encontramos patente na cultura afro-americana de níveis sociais mais baixos.
O meu "hustle" tem sido trabalhar mais horas para garantir prémios e afins, ginásio, ginásio, ginásio, porque claro está, o mundo já não é dos gordinhos e muita conta à vida para avaliar a necessidade de emigrar ou não.
Alguns objectivos definidos e agora é esforçar-me para daqui a uns meses tirar ilações. Quem sabe daqui a uns meses eu não estarei a "bloggar" fora da minha pátria? Preferência seria para ficar mas não rejeitarei qualquer possibilidade que me ofereça uma vida melhor e mais desafogada...
Decisões, decisões...

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Mouraria

De volta o Sol, o céu limpo, a azáfama que os pássaros fazem nas árvores do miradouro da Graça que são dos ruídos que menos me custa que interrompam a calmaria das minhas férias. O dourado dos raios que ilumina fachadas brancas e bordeux predominantes nos prédios antigos da baixa lisboeta. As árvores com a sua folhagem de tom verde escuro que produzem um som tão relaxante quando o vento abana os seus ramos, o burburinho de um bairro que espreita o rio Tejo, que espreita o Castelo de São Jorge, que espreita tanta coisa que teria de estar uma tarde inteira a escrever...se tivesse de a personificar, diria Mouraria atenta! Que olhas tudo ao pormenor. Que sentes a vibração do sino da Igreja da Graça e com ela vibras tu também, que recebes o brilho das águas do Tejo como quem recebe uma hóstia num altar sagrado. Atenta porém, ao Castelo lá no topo, que toma conta de ti, que te embala durante a noite e te oferece e te priva da Lua em ocasiões. Tal como te protege de olhares de mais além, também permite um voyeurismo permanente durante o dia a quem o visita. Ainda assim não te importas Mouraria atenta, porque sabes que é de te verem e de te viverem que sobrevives, dás o Fado ao estalar das guitarras, dás a voz de varina a moças que brincam nas tuas ruas e becos, dás vida nova a artistas que bebem da tua inspiração e continuas a vida de quem bebe copos vermelho sangue nas tabernas das tuas vielas.
Atenta e despreocupada ou atenta e carinhosa? Sei apenas que segues com atenção, esteja claro ou esteja escuro, sei que me dás inspiração para escrever sobre ti, vidas novas, vidas velhas, na memória ou acesas no presente, a tua calmaria, o teu rebuliço não permitem que este lugar pare...atenta...envelhecida mas nunca moribunda...atenta à minha janela...Mouraria o meu lar...

domingo, 21 de agosto de 2011

Dias de nuvéns

Há qualquer coisa de bonito num dia nublado,
Um conforto especial, a indecisão do cair do temporal...
Será sequer que ousa o grito na melodia do fado,
Num porto de abrigo mental, em vão a partir igual
A tantos outros. Bocados de memórias olhando no cinzento do céu,
Prantos soltos ficam em passados de histórias, chorando num momento só meu...

Passados hoje não importam, em tudo indesejados,
Assim como o sol desponta, despontam também sorrisos de alegria,
Voltados para a frente, cantam, mudos e calados,
Num rol de confidências que conta...e hoje contam também sorrisos em demasia.
Mas um sorriso nunca está a mais, presente do presente, é a oferta mais sincera...
Preciso como nunca desse sorriso lindo por demais, que sente como ninguém sente, alerta à sua espera!

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Flores...

Já alguma vez mastigaram uma pétala de uma flor? Pode parecer ridículo mas acredito que alguns de vós já o tenham feito...existem poucas experiências como essa, não é? Todavia elas existem...
O forte aroma adocicado que sentimos quando inspiramos fortemente com o nariz junto ao nosso alvo, que já faz crescer uma vontade enorme de saber a que sabe uma coisa que cheira tão bem. A cor apelativa que faz com que os nossos olhos não se consigam desviar de objecto tão bonito e atractivo. Pensamos de início que é ridículo e que flores não são para comer...mas aquele pensamento, aquela curiosidade ficam dentro de nós e vamos pensando nisso naqueles momentos que nada mais há para pensar, quando estamos sozinhos e abstraídos de tudo...
Ganha-se coragem, enche-se o peito de ar, abrimos a boca e avançamos para a dentada que nos vai desvendar um leque de emoções, de sensações...Primeiro, uma sensação de rebeldia, de auto-confiança por o termos finalmente feito, depois estamos indecisos, é um sabor novo, estranho, gostamos ou não gostamos? Depois a incógnita...é uma pétala doce e continuamos a mastigar, a saborear porque está a ser bom e não partilhamos com mais ninguém esse sabor até ao fim da vida porque foi o melhor sabor que já alguma vez provámos...ou então a flor amarga na boca...no meio da frescura sente-se um ligeiro fel que não condiz de todo com o nosso paladar...por vezes pensamos que se mascarmos mais um pouco o sabor vá mudar, outras vezes não suportamos o sabor e só queremos é cuspir aquilo de uma vez para acabar com aquela sensação ruim que nos estava a incomodar, sentindo rapidamente o pensamento: "onde é que eu estava com a cabeça para algum dia provar isto?"
Pois é...não deixo de pensar que de todas as experiências na vida...as paixões são as que mais se assemelham a provar uma pétala de uma flor...e há flores que sabem tão bem...quanto ás outras...bem aquela flor sabia mal...a que será que esta sabe? É bem bonita...

Férias

Pois é, altura da praxe...Férias! Já começaram dia 15 mas fui convidado de modo relâmpago para uma ida a Madrid e lá foi o menino! Muito quilómetro de carro para lá, ficámos num hotel em Arganda Del Rey, muito agradável e bem calmo. Apenas a vinte quilómetros de Madrid e sensivelmente os mesmos do Parque Warner, que foi destino durante dois dias.
Em Madrid nesta altura faz-se sentir um calor infernal e temperatura média ronda os 35º durante o dia.
Vi muitas coisas giras e interessantes mas a visita ao Parque Warner é provavelmente o melhor da viagem. Sei com certeza que depois de andar em algumas montanhas russas a sério (a nossa da feira popular era um brinquedo em comparação) que definitivamente "é uma cena que não me assiste"! Vou lá tipo herói e saio com má disposição e formigueiro nos braços, um homem já não pode ser valente que o corpo não ajuda...bem mas com mais ou menos boa disposição física, andei a rir quase a estadia inteira em Espanha, os "uno más" que soltávamos a seguir a cada diversão no parque e os sorrisos que resultaram disso foram uma das experiências mais agradáveis. 
Tive ainda tempo para ser atrevido para uma peregrina (o Papa, para quem não sabe estava de visita a Madrid nestes dias e consequentemente haviam muitos peregrinos) do Canadá, que ficou admirada de em Espanha encontrar um português que parecia um americano a falar. Ainda assim, portei-me bem e lá a moça ficou com a sua peregrinação imaculada. Ando mesmo numa senda de bom comportamento, pode ser que a vida me recompense!
De volta a Lisboa e depois de mais uma barrigada de quilómetros, é desfazer as bagagens e lavar roupinha e arrumar a casa. Hoje foi dormir até mais tarde e estou a ponderar ir ao ginásio que já há uns dias valentes que não vou por causa das férias, ainda que durante a estadia no hotel, tenha frequentado o ginásio de lá, pequenino mas acolhedor e só para mim enquanto lá estive!
Vamos ver no que dá o resto das férias, agora que não tenho tostões para ir a lado nenhum, vou ter de me entreter o resto dos dias em actividades não capitalistas...

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Estrelas...

Sou um contador de estrelas...ainda não o tinha partilhado. Não conto o seu número, nem loucura suficiente tenho para tal proeza. Conto sim, as formas, conto as luzes, conto o cintilar...Não de uma forma precisa como é óbvio, que não se pode contar o que não se consegue quantificar, mas consigo dizer que existem quantidades infinitas de formas, luzes e cintilares. Assim como sem olhar para o céu consigo também admirar formas, luzes e cintilares de estrelas aqui mesmo na terra. Estrelas que ascendem no meu sub-consciente. Não falo de pseudo-famosos que se intitulam de estrelas, falo de pessoas que iluminam o universo do dia-a-dia...falo de cintilares de sorrisos, de formas voluptuosas de caudas de cometas esbeltos que passeiam pela via láctea diária, formas que se vão afigurando como sombras que protegem o suficiente do calor mortífero do Sol, como também deixam aquecer levemente o meu micro clima de modo a que a vida floresça. Conto essas estrelas...ou conto com elas? Gosto de estrelas e seja a sua órbita curta ou comprida, sejam elas super-novas prontas a explodir e a mudar drasticamente a vida como a conheço ou gigantes vermelhas a darem o último calor para que possamos viver...todas são estrelas...todas são importantes e todas têm o seu papel. O meu mundo gira enquanto estrelas passam, enquanto estrelas ficam, mas esse mundo não era nada sem estrelas...estrelas? Ou mulheres? Chamo-as de estrelas porque mulheres vocês não dão valor e com estrelas todos sonham...

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Por dentro de um sorriso

Sentado com o meu chá,
Aprecio as estrelas, os ruídos,
Agrada-me vê-las, aguçam-me os sentidos
Abraçado com o futuro que virá.

Mas um abraço é estático,
Não gera movimento, gera empatia,
Um abraço é profiláctico,
Impermeabiliza o sentimento que sentia

Mas que agora me é difícil sentir,
Penso e imagino, de volta aquele dia
Que outrora me dava magia
Contudo o destino não é fácil e ainda está para vir.

Toco com os dedos na superfície da minha memória,
Fica turva como se de uma poça se tratasse,
Vejo e toco como penedos tocam a planície na mesma história
A curva dos sonhos que roça a minha face.

Esses sonhos que me elevam,
Esses momentos de fantasia,
Sonhos que me enganam e me levam
A lamentos no final deste dia.

sábado, 30 de julho de 2011

Saudade

Se escrevo para ti é porque te tenho em conta,
Aponta os adjectivos que sinto e senti,
Amizades não são faz de conta...
Na ponta de um sentimento que minto e menti
Quando saudades omiti de boca pronta!

Saudades que tenho dentro de mim
E me consomem quando tento recordar-te,
Saudades que me fazem assim,
Triste e a expressar-me em arte.

Saudade não tem espaço na alegria
E eu assim não consigo ter-te comigo
Erro crasso deixar-te ocupar espaço,
Coração amarrado com um laço
E assim não consigo ser amigo
Num espaço onde eu te queria.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Saiam da frente...

Hoje ainda não decidi se estou bem disposto ou com vontade de mandar todos para um sitio feio...tenho sono mas tenho obrigações que me fazem levantar e isso deixa-me um pouco mais inclinado para a segunda opção!
Eu sou uma pessoa que não consegue estar muito tempo mal disposta, simplesmente não faz parte da minha personalidade mas vamos ver se consigo maltratar alguém antes do almoço!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Vamos?!....VAMOS!!!

As ausências explicam-se e a minha deve-se a um ritmo de vida mais preenchido que tenho tido, com tudo a que tenho direito, desde viajar de norte a sul de Portugal, até ao ginásio e ao aumento de trabalho!
Objectivo? - Ser feliz e sentir-me bem comigo próprio!
Estou mais magro, mexo-me melhor, acordo com melhor disposição, combati a inércia da minha vida e fui passar uns dias a Vila Nova de Milfontes com uns amigos, hoje estive em São João da Madeira, Aveiro e Coimbra e visitei algumas coisas engraçadas. A vida assim passa a correr e nem damos pelo tempo a passar mas o facto de não me sentar horas perdidas em frente a um computador para mim está a ser uma experiência que vale muito a pena. Não pensar demasiado nas decisões que tomo, pelo menos para as opções a curto prazo, é um bónus que esta energia toda trás. Leva-me de um lado para o outro sem pensar muito. Está a ser deveras interessante. A minha vida privada está "on hold" e a prioridade foi depositada no enriquecimento próprio e em fortalecer as amizades que valem a pena!!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Pluma

Uma pluma que flutua,
Com o vento rodopia pelo ar,
Não uma, mas duas
Voltas que dou e me sento a olhar.

Ela roda, gira, passa por mim,
Dança despreocupada,
E roda e gira e passa no fim
Uma pluma dançarina atarefada!

Não canso da sua dança,
Não canso de a observar,
O ar abranda e ela descansa
Para logo voltar a bailar.

O espectáculo mais bonito que vi
Neste últimos dias vividos,
Pluma, receptáculo finito que abri
Libertando melodias sem sonido!

Pluma artista, pluma atleta!
Uma vez contorcionista, outra rigidamente selecta...
Mas no fim só uma definição, a designação é só uma,
Nome guardado por mim no coração...memórias de uma pluma!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Corre mais...

Corre mais, corre melhor. - Era o slogan de uma corrida do SLBenfica aqui à uns tempos atrás. Comecei a correr depois da minha lesão no joelho e o bichinho foi aumentando. Primeiro uma vez por semana, depois duas vezes por semana. Consegui até arrastar a minha mãe também para as corridas e para uma vida mais regrada em termos da prática desportiva. Contudo, sentia que não me estava a chegar, aqueles quilinhos a mais que não vão embora e aquela banhinha á volta da cintura que incomoda quando queres vestir algo mais justo tem de ir embora!!! A pensar nisso e porque um amigo me tinha falado num ginásio que tinha aberto aqui perto da minha casa, lá fui eu ver condições e instalações! Foi amor à primeira vista, bom aspecto e perto de casa?! Ui que é já! Assim fiz perdi o amor aos 50 euros da inscrição e inscrevi-me no ginásio, esta primeira semana está a ser de loucos, treinar todos os dias cheio de vontade, chego mesmo a parecer que estou num filme do Rocky Balboa!! Tenho a agradecer à Mix FM por colocarem remixes de grandes artistas como Aretha Franklyn e Ray Charles a tocar envoltos em batida que só me fazem sorrir e cantarolar enquanto "bombo" ali forte para recuperar a forma física!
Escusado será dizer que, tenho muito menos tempo para estar ao computador e por consequência não tenho postado nada aqui, acreditem que está a valer a pena, estou mais leve, o dia passa muito mais rápido, já para não dizer que sinto que faço muito mais durante um dia, acordo cedo para ir treinar, venho a casa para fazer comer e sigo para o trabalho, onde permaneço até à noitinha.
Uma vez que reprovei no código, vou aproveitar a próxima semana para intercalar ginásio e escola de condução, um dia a cada actividade para que apanhe o embalo desta lufada de genica que me deu e se acabo de uma vez por todas a carta!


Nunca eu pensei que um slogan mudasse tanta coisa...mas eu vou-lhe mudar uma coisinha no final, ou melhor, acrescentar: Corre mais, corre melhor, vive melhor ainda...

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Vontades

Quero felicidade e não vontade, porque vontade já eu tenho de ser feliz, por inteiro e nunca pela metade, ainda que metade da felicidade seja a vontade que eu um dia quis. Hoje quero tudo com sofreguidão e ansiedade, espero mudo num silêncio de trovão por essa minha felicidade.

domingo, 19 de junho de 2011

Momentos

Cada momento uma nova descoberta, cada momento uma memória, cada momento que deixo de pensar e que começo a desejar é um momento que me deixa mais feliz, felicidade efémera, é certo, mas muito boa de sentir.
Como fazer então que todos os momentos sejam bons, felizes? Descobri que é impossível...não existe a felicidade incessante, mas momentos maus não precisam de ser momentos de sofrimento, momentos maus podem ser momentos de transição, podem ser momentos em que não se é feliz mas não se baixam os braços, podem ser momentos de ansiedade na espera daquele momento bom que aguarda por nós. Ontem fiz alguns momentos bons acontecerem, hoje não é um momento excelente mas é um entretanto, sem sal mas com Sol, é um momento à espera de momentos bons!

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Metafóricamente deprimido

Porque não duram as coisas boas? Apetece-me gritar tudo o que sinto, mandar tudo cá para fora num berro e chorar como um bebé que faz birra quando tem sono. Mas nada resolveria, um auto-lamento audível que se perderia pela imensidão do espaço, serviria apenas para que eu me expusesse, faria com que as pessoas soubessem o que me apoquenta sem sequer me conhecerem o suficiente para ganhar esse direito. Não vou gritar...não vou chorar...mas a dor permanece, fruto de frustrações e mágoas que me perseguem como um galgo persegue o osso numa corrida de cães. Se tivesse a possibilidade de colocar uma aposta certamente o meu galgo chegaria em último, cansado, com a língua de fora, com falta de brilho, enlameado, desapontado por não ter alcançado o osso. Felizmente a vida não é uma corrida só, o meu galgo um dia chegará vitorioso à meta, ofegante, viçoso, de pelo brilhante e cheio de vigor...radiante por finalmente ter ganho...

Por mais perto que a derrota esteja, lutarei com a força de vinte homens, farei com que a minha determinação seja a minha espada e a minha auto-estima o meu escudo, farei de pequenas batalhas, grandes vitórias na guerra da minha vida.  - Ego sum victoria!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Suspiros

Porque suspiramos?
Cansaço, aborrecimento, vontade de fazer algo de que temos muita vontade?
Suspiramos por muitos motivos e a maior parte das vezes nem sequer será um movimento reflectido ou sequer imbuído de vontade própria, abstraí-mo-nos do acto e passa apenas a ser um reflexo inadvertido do nosso subconsciente.


Sem crer suspiro,
Encho o meu peito
E expiro languidamente,
Sem crer suspiro,
Movimento perfeito
Que apenas se sente.
Suspirar acalma, ameniza,
Suspirar de alma o corpo precisa.
Em parte sei porque suspiro,
Os sentimentos que isso envolve,
Um aparte, um retiro
Dos momentos que a memória devolve.
Dizer que nunca mais suspirarei
Seria uma enorme mentira,
Suspirar eu preciso e precisarei
Como quem precisa da própria vida.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Suavemente até ao fim de semana!


Uma vez que estou a meio da minha semana, deixo aqui um incentivo para o final da semana, que tem marcado presença nos meus últimos sábados e que tem feito com que o meu "pézinho de dança" vá melhorando! Ando um animal do merengue!! E de todas as danças...depois de uma blackmorangoska feita pela menina do "8,9", não há dança que eu não saiba dançar e não há ninguém com pedalada para mim! (cof, cof!)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

No turning back! VRUM VRUM!!!

No turning back!! Exame marcado para dia 22 de Junho! É desta que vou lá fazer as cruzinhas!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Descansa em paz

"(...) Morte é o fim da vida, e toda a gente teme isso, só a Morte é temida pela Vida, e as duas reflectem-se em cada uma (...)" 

Óscar Wilde

Num dia em que perdi um amigo, posso apenas ler esta frase e tomar conforto no facto da vida que ficou cá ainda reflectir a existência desse amigo. O corpo cessa de existir mas a memória permanece. Resta-nos recordar os momentos bons e sorrir pela parte boa da vida em que coexistimos.
A efemeridade da vida terrena é desvalorizada por nós, porque o próprio pensamento de que um dia pereceremos nos assusta mais do que outra coisa qualquer. 

"A morte poderá ou não ser o principio de uma vida extra-corpórea, só sei que a dor desse incerto e a saudade que sentimos quando alguém querido falece é das sensações mais complicadas de suportar."

A-Zee

sábado, 4 de junho de 2011

365 Dias

Sempre que me levantava,
A cada pestanejar,
Um pensamento pairava
Sem pausa no meu pensar.
O meu dia amanhecia
Trezentos e sessenta e cinco dias,
O dia era alegria
Trezentos e sessenta e cinco dias,
Mas trezentos e sessenta e cinco dias
Volvidos, a alegria conheceu amargura,
O desespero inicial porque me seguias,
Envolvidos em demasia em ilusão insegura.
Todos os dias uma batalha,
Todos os dias um passo complicado,
Trezentos e sessenta e cinco dias de acerto e falha,
Todos os dias num compasso desajeitado,
Sempre à beira do desespero, no fio da navalha,
Todos os minutos a evitar o medo de tudo ter terminado.
Mas a falha me fortalece, o acerto só complica,
A falha fica e o acerto desaparece...
Saudade seria agora a palavra que melhor se aplica.
Os trezentos e sessenta e cinco dias que pensava em nós...
Agora esses dias ocupo com a minha rebeldia,
Os momentos que sorrias e ouvia a tua voz
Substituídos  pelo apupo da minha ousadia,
Porque nunca fui introvertido,
Faço questão de partilhar,
Ousadia então pode ser divertido
Mas não esqueço que me fazias brilhar.
Serei ousado porventura se confessar,
Que alegria ainda me dás,
Serei ousado se calhar...
Trezentos e sessenta e cinco dias depois...o passado ficou lá atrás.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Homem do gás é vida dura!

Tenho negligenciado os meus queridos excentri-coiso-e-talianos! Isto deve-se a um acumular de trabalho, horários que não lembram ao menino Jesus e também um pouco um antigo vício que agora me ocupa mais uns minutos do meu dia.
De qualquer das formas, ontem estive de folga e aproveitei para fazer algumas coisas, dormir até mais tarde, tratar de algumas coisas em casa, dar um pouco de tempo ao tal vício quando finalmente reparo que não tinha gás...sim meus amigos, eu moro numa casa da baixa de Lisboa que não tem gás canalizado e a menos que se encomende com um dia de antecedência, ninguém vem cá entregar. O que fez com que eu descobrisse que não levo jeito para homem do gás! Acartar a bilha vazia até à lojinha que vende gás aqui perto, não foi um inconveniente, foi até bom para o ego! Ali! Um homem cheio de força e vitalidade com uma bilha ao ombro! Pois é...mas o que sobe desce e desta vez desceu cheio à vinda! Ainda não uso plumas, então imaginem eu a não querer dar parte fraca com uma bilha com o triplo do peso da vazia ao ombro a descer as ruinhas ingremes dos bairros de Lisboa. Mas lá cheguei, foi uma aventura engraçada.
Em tons de vingança, fui jantar a casa do meu cunhado pizzas da telepizza a 3 euros cada uma! Promoção que acaba hoje, se houver interessados.

sábado, 21 de maio de 2011

Tempo

Ando cansado e sem tempo,
Mas o tempo não me liberta,
Prostrado, sem alento
Num tempo que aperta.
Saio por aí,
Livre serei!
Saio por ti Tempo,
Acorrentado esperei,
Procuro por ti e tento
Dizer-te que sempre te esperarei!
Um dia me apanharás,
Tempo implacável,
Nesse dia terei tempo e tu Tempo me terás
Nesse tempo findarás e serei Tempo inalcançável!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Obrigado ou a CIA está a bater à porta?

Bem, acho que tenho de ficar comovido com a dedicação de um ou vários seguidores do blogue que me seguem a partir dos Estados Unidos da América, que num só dia "dispararam" 77 "views"!! Devo ficar preocupado em ter a CIA à perna?? Juro que não fui eu! Foi o mordomo!!
No caso de ser apenas um apreciador das baboseiras e lamechices que eu escrevo, tenho apenas a agradecer.
Um grande bem haja!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Traços - Parte I

Traços do meu rosto
Que um dia eram teus,
Traços desse rosto
Que ainda me levam aos céus,
Com traços era suposto
Traçar a meu gosto,
Os meus traços nos teus.

Traçado num sorriso
Leio a felicidade,
Traçado preciso
De ler em ti a minha saudade.

Traças a perna devagar,
Traças o meu caminho,
Passas com o teu andar
Doce e devagarinho,
Passa hoje, continua a passar
Passa todos os dias não me deixes sozinho.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Água que me acalmas

Ora parece que temos de tudo por este país semi-tropical! Se ontem passei a tarde na praia com uns belos 29 graus, hoje já senti a chuvinha que de forma tão sorrateira deu um ar de sua graça. Não me estou a queixar, adoro os dois tipos de clima e tê-los assim tão perto um do outro é excelente para não nos cansar-mos, além do que, foram na ordem correcta, dia de folga solarengo e com direito a mergulho ao Sol e dia de trabalho com chuva a refrescar-me o rosto enquanto regressava a casa.

O dia de ontem teve um quê de tranquilizador, chegar à praia ás quatro da tarde é agora um dos meus horários favoritos, a areia já está quente, o Sol começa a perder alguma da intensidade que poderia ser prejudicial para nós e à medida que se põe vai vazando a praia e ficando cada vez menos gente, menos crianças a chorar, menos cães a correr de um lado para o outro (atenção que não tenho nada contra um nem contra outro se for q.b. mas certamente também vocês não acharão piada a ter um bebé a chorar a tarde toda junto a vocês enquanto estão a tentar ter uns minutos de paz no dia de folga), enfim, paz de espírito para nadar durante um pouco, cansar os músculos para que o cérebro se concentre em nós em vez de se concentrar na realidade dura que vivemos todos os dias. Sentar na toalha, comer umas uvas enquanto damos uma olhada na menina jeitosa que está a jogar raquetes lá ao longe, distrair-mo-nos com um ou outro insecto que poisa em nós e depois ficar deitados um pouco ao sol, a sentir a pele arrepanhar por causa do sal a secar com o calor. Levantar, vestir a t-shirt por causa dos chatos dos insectos que teimam em voltar e para não abusar da amizade do sol no primeiro dia sério de praia do ano, dar um passeio à beira-mar com a água a molhar me os pés e as pernas. Naquele momento a minha cabeça estava relaxada, encontro paz no barulho das ondas...encontro um conforto mental que não faz parte do meu dia a dia.
Para terminar o dia em grande fui abusar das calorias e fui comer uns Lombinhos ao Altinho da recosta, no Barreiro e finalmente a conselho de uma amiga fui ficar redondinho graças a uma taça de gelado com brigadeiros no Chocolove! Dia bom ontem...

Hoje escusado será dizer que estou mais roliço e moído! Mas o dia de trabalho passou a correr, muita coisinha para fazer aliado à boa disposição que hoje se fez sentir, anormal para uma segunda feira, lá chegou num instante à hora de picar o ponto para sair. No regresso a casa vim a sentir a chuva na cara enquanto subia a calçada. Ontem água da praia, hoje água da chuva, deve ser alguma coisa na água que me acalma, que me deixa mais abstraído das exigências da rotina...não sei se será isso...mas gosto.

Caminhos para um futuro melhor!

Hoje deixo-vos com um poema que já tinha escrito há uns tempos. Gosto bastante dele, foi uma altura complicada da minha vida, o inicio da melancolia talvez, mas um bom caminho tem de advir sempre de uma escolha de direcção. Faz a escolha certa, pondera bem...encontra o teu caminho...

Caminhos


Pensa em mim...pensa na vida, pensa curto eu vivo a minha comprida, pensa em singular, pensa em união, eu já nem penso, vivo em contradição, oposto ao mundo, costas voltadas a tudo, entro num sono profundo, acordo em sobressalto privado de tudo, Tive o sol, tive as estrelas, fiquei sem lua e estrelas nem vê-las, tive a chuva, tive o arco íris, agora a ansiedade assenta que nem uma luva e a minha vida são delírios, procuro uma mão, procuro a saída, salvação, mas fiquei cego a meio caminho e salvação agora tem cor de perdição. Daltónico do futuro, como escolher? Tónico agudo que me orienta sem ver, estrada bifurcada e eu não me posso dividir, onde está a mão que me ajudava a sair? Dois caminhos, uma luz, mas a luz eu não enxergo...tropeço, caio...mas logo me ergo, para voltar a chocar, voltar a cair, voltar a não saber por que caminho seguir...




Hoje tenho um caminho, o meu caminho! ;)

domingo, 15 de maio de 2011

Deitado no chão

A minha mente é um caos,
Impera a anarquia,
Pensamentos bons
Perdem para os maus numa luta desigual,
Num confronto animal
Chegam sons, chega o dia.
Numa linha de repente sobem graus,
Fica quente, amanheço sem companhia...
Costas viradas para o chão,
Observo o céu, a imensidão,
As costas cansadas desse chão,
Observo o céu com uma estranha sensação,
Vejo nele a cor da tua despedida,
Sinto o dissabor da tua ida
E aguardo um regresso ansioso,
Vou olhar o céu até me cansar,
Vejo-te nele num pormenor delicioso,
Vou adormecer e nunca acordar,
Para te ter como eterno sonho saboroso!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Felicidade num toque da tua mão! (directors cut!)

Hoje queria tudo, uma festa, um beijo, um abraço, entrava mudo para falar que é desta que vejo o traço do desejo que tenho, anseio num desenho que pintas na minha mão, no meio dos dedos estarão os teus, entrelaçados, abraçados com os meus, sem medos, caçados pelos teus caçadora dos meus pensamentos, domadora dos meus sentimentos...

O "Blogger" tratou de apagar o meu último post então aqui está de novo...persistência é viver! ;) 

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Felicidade num toque da tua mão!

Hoje queria tudo, uma festa, um beijo, um abraço, entrava mudo para falar que é desta que vejo o traço do desejo que tenho, anseio num desenho que pintas na minha mão, no meio dos dedos estarão os teus, entrelaçados, abraçados com os meus, sem medos, caçados pelos teus caçadora dos meus pensamentos, domadora dos meus sentimentos...

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Debaixo desse véu

Descubro-te por trás de um véu,
Desvendo os traços do teu rosto,
O Sol brilhou no céu
E não te vi como era suposto.

Afastei o meu olhar
Quando deveria ter olhado,
Agora o véu voltou ao lugar
E fiquei desapontado.

Esfrego os olhos devido ao ardor
Da luz, permaneces sem cor
Minha imaginação não te faz jus,
Seja como for, já só vejo o brilho dos teus olhos nus.

Corro atrás de ti mas nunca te alcanço,
Escorro em suor por ti, nunca me canso,
Pé ante pé, passo a passo,
Corro até se a única motivação seja a memória do teu abraço.

Quando penso que te tenho,
Vejo que estou na beira dum precipício,
Tu és ave, eu sou ovelha num rebanho,
Tu voas livre, eu sou oferecido em sacrifício.

A minha alma voa
Mas o meu corpo não,
Sonhos evitam que o meu coração doa,
Sonho sonhos neste serão.

Sonhos são o quê?
Extensão da imaginação?
Sonho contigo porquê?
Se o que sinto é uma platónica ilusão.
Sonho contigo porquê?
Se o teu rosto ficou debaixo desse véu, escondido na escuridão...

Música do dia



Fui hoje ver um filme ao cinema e esta música que eu já conhecia e gosto muito toca na banda sonora...foi o suficiente para andar o resto do dia a cantar isto! Deixa, deixa, deixaaaa!

sábado, 7 de maio de 2011

Vagabundo...

Quem me conhece sabe que gosto de ser positivo e que adoro divertir-me, ainda ontem foi um bom exemplo disso, uma saída que não estava a apetecer-me muito tornou-se num serão de dança, risos e muita bebida! Ai as blackmorangoskas...aparentemente tenho um fraquinho por coisas escuras e muito doces...
Dormidas três horas e meia, lá tive de ir trabalhar cheio de sono e com uma enorme dor de cabeça mas satisfeito pelo bocado bem passado. Regressado a casa e fatigado por mais um dia de trabalho, o meu cérebro entra num "loop", um ciclo repetitivo que me faz pensar em mim, no que sinto que está errado, no que sinto que faz falta, apercebo-me do silêncio que me rodeia, olho as mensagens no meu telefone, dou uma espreitadela pelo "messenger" e pelo "facebook" mas ambos se encontram em silêncio também, um cheio de luzes de cores variadas indicando o estado de ausência ou presença, o outro com uma zona de notícias onde podemos coscuvilhar as últimas actualizações de perfil dos nossos contactos. Passeio-me pela indiferença alheia, dou voltas curtas pela janela para o mundo. Nunca fui muito paparicado a nível sentimental e gosto da minha independência, contudo, há uns tempos que me sinto abandonado pelo sentimento de interesse, de preocupação, de paixão e até mesmo de amor. Obviamente que tenho tido o presente mais importante que me podem oferecer, a amizade, o amor da minha família e dos meus amigos mas um homem não é completo até amar e ser amado. E nisto descubro que sou um homem que gosta de amar, que já soube o que era ser amado e tem saudades desse sentimento. Soube desligar-me de episódios bonitos da minha vida em que tudo isso aconteceu, mas que por força das circunstâncias não são mais possíveis e segui o meu caminho sem me preocupar se iria ter de novo o sabor adocicado de sentir algo similar.
A vida rola e desenrola e apareceu no meu caminho um sentimento novo, a atracção por um sorriso aberto e bonito levou a que eu conhecesse uma admiração, uma confiança, um conforto num sofá vermelho enquanto anoitecia uma noite bonita, mas sorrisos às vezes desarmam-nos, deixam-nos expostos, sem receios expus-me...de forma precipitada talvez, sou assim, dou-me quando tenho vontade de me dar.
As pessoas não sentem todas o mesmo nem em intensidades iguais, tenho isso bem presente e no entanto não consigo deixar de esperar ingenuamente uma reciprocidade utópica e de conto de fadas, sou um sonhador...
Não espero o final feliz digno dos filmes animados da Disney, em que a princesa casa com o sapo ou com o ogre, mas sapo também eu não sou, e longe estou de ser ogre, espero apenas pelo beijo ao partilhar o mesmo fio de esparguete duma dama e um vagabundo que se descobrem um ao outro sob a música trapalhona do acordeão...eterno romântico...eterno amante...eternamente vagabundo sem ideia de encontrar a felicidade...

Eu, complicado... - II

Gostava de ser livre...

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Se eu não cuidar de mim...sou desleixado!

Pode parecer meio vazio e metrossexual em excesso, mas pus-me todo perfumado, fui cortar o cabelo, vesti roupas com cores vivas e não é que me sinto bem melhor? Mais seguro, mais alegre, com uma melhor disposição. Estas coisas de cuidarmos de nós, senão quem cuidará, são meio cliché mas têm o seu quê de verídicas. Sinto-me bem comigo, mais capaz de me sentir bem com os outros o que faz tudo tão mais fácil.

Agora que quebrei um pouco a rotina de desleixe, vou ocupar o resto da minha tarde com coisas interessantes e que me façam sair da frente deste computador, viver...para lá das teclas!

Sentimentos

É-me difícil expressar por palavras alguns sentimentos que tenho, alguns deixam-me extremamente feliz e fazem com que sinta uma sensação de leveza, uma sensação de que se terminasse o mundo naquele momento, eu estaria tão abstraído a pensar em coisas alegres que nem dava por nada e pereceria contente!
Por outro lado estão os sentimentos que me fazem outras coisas, eu sei que um pseudo-aspirante a escritor como eu deveria ter perícia suficiente pelo menos para expressar o que está a pensar num determinado momento, mas acreditem que me é complicado quantificar, explicar e até perceber alguns sentimentos que sinto. Alguns sinto-os no coração como agulhas, que me deixam dores no peito, que fazem com que a minha alegria e o meu sorriso lentamente se escoem pelo canto dos meus lábios. Alguns fazem-me querer ficar deitado dias e dias sem me mexer, em posição fetal, como que a procurar o sitio onde nada nos atingia como no ventre materno. Alguns sinto-os no meu rosto como dedos de uma mão a esbofetear-me, duros e rijos que deixam a sua marca vermelha no rosto que outrora sorria e dão lugar a uma nova expressão, com lágrimas como companheiras.
Como escrever então o que sinto quando ambos os sentimentos se misturam?
Como escrevo quando o que sinto quando gosto, aprecio e adoro está na minha cabeça e partilha espaço com a dor, com a angustia, com a sensação preocupante do desconhecido e do inesperado?
Acho que posso atribuir-lhe nomes, mas os nomes não vão mostrar o quanto sofro, não vão espelhar a ansiedade que sinto, a satisfação que me aquece quando tenho o que adoro e o desespero da falta sentida quando vejo longe o que me faz ser alegre. Gostava que sentimentos fossem mais fáceis de explicar, gostava de escrevinhar um caderno com algumas palavras e deixar transparecer o que vai dentro de mim, desenhar numa folha alguns nomes de sensações e passa-las como uma cabula em dia de exame na escola, para que tivesses a resposta correcta. Sei a palavra que me faz sorrir como nenhuma outra, sei a palavra que me faz chorar, sei que tenho tanta coisa para te dizer e nenhuma coragem para desabafar. Sei como sou, com sentimentos que não consigo explicar, sei como sou, com mágoas que não me atrevo a contar, sou complicado, tenho espontaneidade quando deveria ser mais ponderado a falar, sou escritor abalado por não ter habilidade para te guardar...

sábado, 30 de abril de 2011

Silêncio que não compreendo

Esse silêncio que não compreendo,
Esse silêncio que me leva à loucura,
Em silêncio me arrependo,
Um silêncio que me tortura.

Um olá, um adeus,
Para que soubesse que estás bem.
Um olá, um adeus,
Não se dá silêncio a quem se quer bem.

E como eu te quero...
Como sinto saudade,
Dar-te um abraço sincero,
Mostrar-te que gosto de verdade.

Verdadeiramente apaixonado,
Por dentro sofrendo,
Entristecido e abandonado,
Por esse silêncio que não compreendo.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Palavras...

Tenho sempre um sorriso na cara, quem me vê todos os dias e não me conhece dirá que sou um dos homens mais felizes e alegres do mundo, contudo, este sorriso ilusionista não disfarça a minha tristeza e não esconde que passei a noite com as amantes mais feias que tenho, as lágrimas do meu rosto. É preciso um olho treinado para ver que há algo de errado, é preciso alguém que conheça o segredo das ilusões que pratico, mas quem tem mãe e amigos de verdade têm sempre a pergunta depois do bom dia da praxe: "Então, porque é que estás triste?"
Gostava de não ser assim tão transparente para as pessoas que me amam, gostava de ter um pouco de privacidade emocional, estar na pior das amarguras e nem sequer saberem que eu estava a sofrer, não ser incomodado com perguntas e partilhar apenas se me apetecesse, porém, nada seria igual sem as pessoas que amo, sem as pessoas que se preocupam comigo, sem as perguntas chatas quando queremos tudo menos falar naquele instante. Mas as tristezas são muitas vezes causadas também por quem amamos, por palavras que dizemos a essas pessoas e porque esquecemos que nas palavras, tal como em Física, uma acção gera sempre uma reacção com a mesma intensidade e em sentido contrário.
Poderia falar em utopias e em como gostaria de apagar algumas palavras que dizemos ou escrevemos, mas palavras são experiências, são doces que alimentam paixões, são facas que cortam o coração, são a vida do mundo actual no qual os amores platónicos e o silêncio perdem cada vez mais terreno. Palavras definem-nos, palavras mostram quem somos, mas palavras têm duplo sentido, podem ter mais que um significado, podem ser descontextualizadas e levantar problemas onde realmente não os há. Palavras dão-nos alegrias, dão-nos tristezas, «há momentos em que as palavras não passam de meros ruídos inúteis», mas nunca esqueço que sem elas, não poderia dizer o que sinto, não poderia exprimir o que vagueia na minha mente nos momentos mais parvos e nos mais importantes, não poderia mostrar que amo e odeio com fervor...existem maneiras de demonstrar sentimentos sem falar e ás vezes de uma forma extraordinariamente bonita mas quando edificamos em palavras o que sentimos, o sentimento ganha uma forma especifica, ganha a forma que lhe queremos dar, ganha uma parte de nós impressa nessas palavras, tal como uma parte de mim fica impressa neste texto que escrevo. É essa parte de mim, que fica no texto, que eu quero que chegue a quem lê, que eu partilho de bom grado para que conheçam algumas experiências que são minhas, para que sorriam os meus sorrisos e para que chorem as minhas lágrimas, para que vejam que não guardo mágoas mas sim experiências, para verem que amo, odeio, cuido, guardo, interesso-me, luto, insulto, peço perdão, magoo, brinco, mostro tudo o que sinto, nas palavras que tenho a dizer.
Depois de mais este bocadinho de mim, escolhi as palavras que preciso dizer hoje, que foram pensadas no meu coração e estão guardadas na minha boca mas anseiam sair...
Adoro-te...

terça-feira, 26 de abril de 2011

L-o-v-e



A voz da moça já me faz ficar alegre, então a cantar este tema...hmm..."it's more than just a game for two"

L is for the way you look at me
O is for the only one I see
V is very, very extraordinary
E is even more than anyone that you adore can
Love is all that I can give to you
Love is more than just a game for two
Two in love can make it
Take my heart and please don't break it
Love was made for me and you

L is for the way you look at me
O is for the only one I see
V is very, very extraordinary
E is even more than anyone that you adore can
Love is all that I can give to you
Love is more than just a game for two
Two in love can make it
Take my heart and please don't break it
Love was made for me and you
Love was made for me and you
Love was made for me and you
Love was made for me and you
Love was made for me and you...

Gosto de gostar...

Gosto de gostar...sei do que gosto e gosto de saber o que quero, quero aquilo que sei que gosto mas o que eu gosto mesmo é de saber que o que gosto...és tu!! 
Adoro esta frase, pensei nela há uns tempos e se calhar até nem é novidade e alguém há-de já ter feito um jogo parecido de palavras. Mas a verdade é que expressa totalmente o que vai numa cabeça que adora confusão e onde o caos impera. Ás vezes consigo ser muito infantil e tão pegajoso como uma lapa, esqueço-me de dar espaço ás pessoas que gosto, talvez porque sou "needy", porque sinto falta de algumas coisas que elas me oferecem inadvertidamente e ainda mais falta de coisas que eu imagino que me poderiam oferecer caso o meu mundo fosse o mundo perfeito. Adivinhem lá...o meu mundo imaginário está longe de ser o mundo real e este último não é definitivamente perfeito! Mas pronto...na minha cabeça estou perdidamente apaixonado pela menina do 9º esquerdo (menina essa que me vai ver vermelho que nem um tomate a próxima vez que me vir, porque sim, ela lê o meu blogue!) e esforço-me a trabalhar como se fosse dono da empresa e como se todos os lucros diários fossem para deixar no testamento à minha descendência. Vivo como se fosse um adolescente irreverente, se bem que agora bem mais ponderado que durante a minha adolescência. Digo todos os dias que vai ser um dia bom e deixo-me sempre surpreender quando não o é, chegando inclusive a ficar meio deprimido. Enfim, sou complicado, excêntrico, adoro viver mas quero faze-lo à minha maneira. Esta maneira tão trapalhona que um dia há-de dar resultado só porque os planos ridículos ás vezes também funcionam...

domingo, 24 de abril de 2011

Burburinho

Um burburinho que nasce dentro de mim, que quer libertar-se, quer ser mais que um sussurro perdido no vento que os meus lábios soltam quando olho as estrelas. Esse burburinho que se torna sonoro, que se fortalece, que ganha motivação e vontade. Vontade de ser mais que um burburinho meu, para ser um sonho teu. Mas burburinhos não se ouvem bem e ás vezes não chegam a ser gritos, mas eu já grito, grito para fora, grito por dentro, grito porque acredito que um grito poderás ouvir, um grito sonoro que te chama a atenção...mas não é atenção que eu desejava...desejava um burburinho teu, um burburinho tímido mas corajoso, que se tornasse um sonho meu...

sábado, 23 de abril de 2011

Tempo

Levanto-me ás escuras, apenas a luz que emana do computador alumia as paredes brancas do meu quarto. O quarto está como me sinto...ás escuras...com uma luz que brilha ao fundo. Vou buscar água, a boca seca não ajuda numa espera amarga que o tempo passe por mim o mais rápido possível. Mas o tempo não passa, ele mói-me, satura-me, pesa sobre as minhas costas e temo não o conseguir suportar, vejo-me como Atlas a suportar a terra, mas as forças esvaem-se, o suor escorre-me pela testa, não carregarei o tempo nem por mais um segundo! Volto sem tempo para o quarto, ainda ás escuras, mas leve. Deito-me mas agora não tenho tempo. Quando me levantarei? Como saberei o que fazer e quando o fazer? Afinal o Tempo se calhar era necessário...aquele tempo que me lembra a dor, aquele tempo que trás alegrias e desgostos, aquele tempo que me faz recordar coisas bonitas por alguns momentos, o tempo que me obriga a crescer, que me faz homem, que permite aos sentimentos crescerem, o tempo que trás o Sol, que trás a noite, que trás a Lua. Levanto-me com saudades e corro para a cozinha, vou buscar o tempo que perdi, vou contar os minutos que fiquei sem ti, vou contar o tempo, o tempo que me leva a ti...

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Papel

Debruço-me sobre ti companheiro fiel,
Espalho os bocados do meu coração pela tua face,
Segredos desvendados em ti simples papel,
Segredos que te conto por mais que o tempo passe.

Alguns repetidos, outros pela primeira vez,
Segredos únicos e sentidos, segredos em português.
Verdades que eu partilho contigo,
Mentiras que me enganam meu amigo,
Por vezes as duas numa só...
Mas a verdade e a mentira eu trago comigo
À espera de as ver cair como peças de dominó.

Papel que não opinas,
Papel que não tens coração,
A calma que me ensinas,
Enquanto te marco com dedicação.

Amigo não és, nem tão pouco confidente,
Em notas de rodapés vou-te tornando diferente,
Cada vez mais escrito, aos poucos completo,
Cada vez mais bonito, aos poucos com afecto
Escrevo-te mais e mais, esperando que sejas eu,
Cada vez mais aflito, aos poucos segues um trajecto,
Ganhas-me a mim nas linhas horizontais...passas a ser Eu.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Eu, complicado...

Um homem não é de ferro e cada um vive intensamente o que gosta e ama...se alguns dias me vêm cheio de mel e cheio de palavras doces por viver os amores de forma apaixonada...neste momento só me apetece dizer palavrões e linguagem obscena para exprimir a frustração de ver algo que não me agrada. Ficará imaculado então o blogue e gritarei todas as coisas que quero em voz alta e para o vazio...amanhã estarei mais calmo...

terça-feira, 19 de abril de 2011

Aos meus olhos, Poesia

Poesia é quente e frio,
Sinto calor e fresco,
Poesia demente fingiu,
Como ela minto, com fervor pitoresco.

Poesia amarga e doce
Fazes-me ter mel e fel,
Poesia que carga trouxe
Ao meu fiel papel.

Poesia é ódio e amor,
Que me arrebata e me magoa,
Poesia me leva ao pódio, vencedor,
Em alma tão pacata que perdoa.

Poesia é vida e morte,
Trás-me vigor, trás-me sombrias sombras,
Poesia vivida, sem sorte,
Com cor colorias mas ainda me assombras.

Poesia é pão e vinho,
Obeso e alcoólico eu serei.
Poesia não!...escrevinho...
Palavras sem peso, melancólico morrerei.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Escutar o bater do coração!


       Tenho vindo a ficar privado da minha sanidade mental e o meu coração apodera-se dos meus pensamentos ao longo do dia. Mas citando uma personagem num filme que gosto bastante: "Love is passion, obsession, someone you can't live without. I say, fall head over heels. Find someone you can love like crazy and who will love you the same way back. How do you find him? Well, you forget your head, and you listen to your heart.". Peço desculpa a quem não domina bem a língua inglesa, vou tomar a liberdade de traduzir de forma rápida, "O amor é paixão, obsessão, alguém que não podes viver sem. Eu digo, atira-te de cabeça. Encontra alguém que possas amar loucamente e que te ame da mesma forma. Como o/a encontras? Bem, esqueces a tua cabeça e escutas o teu coração."
       Eu estou a escutar o meu coração, ele diz-me que está a tocar como um tambor frenético da selva! Diz-me que está já fora do meu peito e que encontrou uma paixão, uma obsessão...um amor.