segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Coração por uma trela

Deus pôs-nos numa terra que enterra os seus esquecidos
Seus filhos protegidos numa terra ao Deus dará
Meus sonhos nunca cumpridos certamente estão vencidos
Teus sonhos vencidos e cortados por uma guerra muito má

Certo e sabido é o desgosto que acompanha os nossos caminhos
Desperto ferido o meu corpo que arranha contra esse mar de espinhos
Encoberto e envolvido num fogo posto, dragão que abocanha os meus sentidos
Liberto e desprendido enquanto me entrego aos teus gemidos.

Sentes então o sofrimento, o desgaste o desespero
Que é ter um coração amarrado com uma trela de espigões
Mentes se não vês sustento no que amaste sem tempero
Com a sensação do queimado pinto na minha tela sensações.

Mas já não sinto, eu não pinto, minto com pincéis na minha mão
Tu tens navalhas, tesouras, facas que lembram bisturis
E eu já não sinto, nem pinto, nem sequer minto em sonhos fiéis de imaginação
Onde fornalhas mouras queimam os sonhos que me faziam feliz.

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