sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Ponto final...

Redundantemente, um dia terei um ponto final derradeiro, um ponto final final portanto. Escrever é bom, alivia-me a partilha que faço de sentimentos e emoções com uma folha em branco, a tinta que se funde com o papel traço após traço e que lentamente gera um segredo, segredo que eu posso optar por partilhar com todos ou guardar preciosamente para mim...apenas para os meus olhos, para a minha interpretação, uma missão impossível que tal e qual um "Ethan Hunt" aceito ou rejeito conforme a minha avaliação dos perigos e benefícios. Mas em todas as palavras que escrevo, surgem significados, surgem possibilidades, surgem caminhos, até poderia ser um dia uma coisa positiva para mim penso inocentemente, mas recordo escritores que viveram a sua vida amputada, viveram sub-mundos imaginários que fizeram com que eles fossem exemplos da literatura e ao mesmo tempo que lhes amputaram a vida real, não viveram como escreveram foi o que foi! E eu não quero isso...quero viver! Quero usufruir da imaginação com efeitos práticos! Quero ser eu com todo o aprimoramento da minha escrita na versão vida real! Quero manter-me genuíno como o faço a escrever, ser livre como é livre a minha mão quando rabisca versos em cima da superfície alva do bloco de notas! Por isso um dia...pousarei a caneta...escreverei uma última frase e um último ponto final...afinal de contas, é para isso que ele existe...