quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Ser ou não feliz

"feliz adj m+f feliz (felizes [fəli'zəʃ] pl) [fə'liʃ]
1 favorecido pela sorte
Ele é feliz com as mulheres.
2 que goza de bem-estar
Ele tem uma vida feliz.
3 que teve bom resultado ou fim
A aventura teve um final feliz.
4 bem imaginado  
uma ideia feliz"


Pois é, tomei a liberdade de fazer uma busca rápida sobre a palavra ou conceito, chamem-lhe o que quiserem e só consigo chegar mesmo à conclusão que disto "não gasto por cá por casa", não que não exista em minha casa daí as aspas, mas não sei se existirá o sentimento em mim. Conheço o conceito é certo, senão doutra forma não sentiria a sua falta e não me lembraria sequer de toda esta problemática. O certo é que se eu "dissecar" o significado não enquadro a felicidade na minha vida actual. Vejamos:


- Favorecido pela sorte - Não sou o vencedor do Euromilhões, não me aparecem propostas milionárias de trabalho, não descubro que tenho um gene extraordinário que me faz ser uma valia para o mundo científico, não tive sequer a sorte de cair no caldeirão mágico da poção dos Gauleses quando era pequeno.


- Que goza de bem-estar - se gozasse de bem estar, não estaria certamente a levantar tal questão, se falam de bem estar físico em vez de psicológico, também é negativo, tenho psoríase e uma comichão descomunal e constante e não me posso andar para aí a coçar, como é óbvio, andei metade do inverno até presente, com constipação atrás de constipação e até uma infecção respiratória tive! Acho que também não é aqui que se enquadra a palavra então...


- Que teve bom resultado ou fim - Esta até poderia levar-me a pensar, "Poxa pá! Até hoje todas as doenças que tive tiveram cura ou tratamentos que ajudam a suporta-las, quase todas as más experiências me levaram a caminhos diferentes tornaram-me mais adulto e quase todas as relações me trouxeram alguma coisa boa. Eis que quando me começo a lembrar de todas as outras decisões que tomei que não foram "bafejadas" pela sorte e que não tiveram bom resultado ou fim e umas até, que ainda nem terminadas estão.


- Bem imaginado - A minha imaginação é grande e desenvolta o suficiente para me fazer feliz, mesmo sendo essa felicidade momentânea. Agora o que está em questão é: Estamos a falar de felicidade imaginária? Ou de planos que são imaginados pela minha mente? Se forem os segundos, falham a toda a hora...e eu queria apenas um plano que tinha imaginado, mais que todos os outros, com todas as minhas forças e vontades até hoje, o único que tinha de dar certo e não deu porque não dependia de mim, foi mal imaginado por mim? Talvez...




Seja como for, somando tudo e excluindo a felicidade momentânea que me é trazida por amigos ou familiares, sou hoje homem o suficiente para admitir que não sou feliz, que conheço a felicidade, que sou um homem bem disposto e que a procura por vezes, espera por ela noutras, mas que ainda não a têm, porque se calhar nem é minha para ter, porque se calhar apenas tenho permissão para a provar ocasionalmente...algo tão bom devia ser constante na nossa vida...

1 comentário:

Susana Sargento disse...

A felicidade é um estado de alma, poderá ser uma constante na nossa vida, se assim o entendermos, se assim o desejarmos, se o destino quiser, hoje sou feliz quando pego na minha sobrinha de dois meses ao colo e a vejo sorrir... Já fui feliz noutros tempos, noutras vidas... Se quero ser feliz? Claro que sim, quero olhar-me no espelho e gostar do que vejo, quero ser feliz :)