Sempre que me levantava,
A cada pestanejar,
Um pensamento pairava
Sem pausa no meu pensar.
O meu dia amanhecia
Trezentos e sessenta e cinco dias,
O dia era alegria
Trezentos e sessenta e cinco dias,
Mas trezentos e sessenta e cinco dias
Volvidos, a alegria conheceu amargura,
O desespero inicial porque me seguias,
Envolvidos em demasia em ilusão insegura.
Todos os dias uma batalha,
Todos os dias um passo complicado,
Trezentos e sessenta e cinco dias de acerto e falha,
Todos os dias num compasso desajeitado,
Sempre à beira do desespero, no fio da navalha,
Todos os minutos a evitar o medo de tudo ter terminado.
Mas a falha me fortalece, o acerto só complica,
A falha fica e o acerto desaparece...
Saudade seria agora a palavra que melhor se aplica.
Os trezentos e sessenta e cinco dias que pensava em nós...
Agora esses dias ocupo com a minha rebeldia,
Os momentos que sorrias e ouvia a tua voz
Substituídos pelo apupo da minha ousadia,
Porque nunca fui introvertido,
Faço questão de partilhar,
Ousadia então pode ser divertido
Mas não esqueço que me fazias brilhar.
Serei ousado porventura se confessar,
Que alegria ainda me dás,
Serei ousado se calhar...
Trezentos e sessenta e cinco dias depois...o passado ficou lá atrás.
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