sábado, 7 de maio de 2011

Vagabundo...

Quem me conhece sabe que gosto de ser positivo e que adoro divertir-me, ainda ontem foi um bom exemplo disso, uma saída que não estava a apetecer-me muito tornou-se num serão de dança, risos e muita bebida! Ai as blackmorangoskas...aparentemente tenho um fraquinho por coisas escuras e muito doces...
Dormidas três horas e meia, lá tive de ir trabalhar cheio de sono e com uma enorme dor de cabeça mas satisfeito pelo bocado bem passado. Regressado a casa e fatigado por mais um dia de trabalho, o meu cérebro entra num "loop", um ciclo repetitivo que me faz pensar em mim, no que sinto que está errado, no que sinto que faz falta, apercebo-me do silêncio que me rodeia, olho as mensagens no meu telefone, dou uma espreitadela pelo "messenger" e pelo "facebook" mas ambos se encontram em silêncio também, um cheio de luzes de cores variadas indicando o estado de ausência ou presença, o outro com uma zona de notícias onde podemos coscuvilhar as últimas actualizações de perfil dos nossos contactos. Passeio-me pela indiferença alheia, dou voltas curtas pela janela para o mundo. Nunca fui muito paparicado a nível sentimental e gosto da minha independência, contudo, há uns tempos que me sinto abandonado pelo sentimento de interesse, de preocupação, de paixão e até mesmo de amor. Obviamente que tenho tido o presente mais importante que me podem oferecer, a amizade, o amor da minha família e dos meus amigos mas um homem não é completo até amar e ser amado. E nisto descubro que sou um homem que gosta de amar, que já soube o que era ser amado e tem saudades desse sentimento. Soube desligar-me de episódios bonitos da minha vida em que tudo isso aconteceu, mas que por força das circunstâncias não são mais possíveis e segui o meu caminho sem me preocupar se iria ter de novo o sabor adocicado de sentir algo similar.
A vida rola e desenrola e apareceu no meu caminho um sentimento novo, a atracção por um sorriso aberto e bonito levou a que eu conhecesse uma admiração, uma confiança, um conforto num sofá vermelho enquanto anoitecia uma noite bonita, mas sorrisos às vezes desarmam-nos, deixam-nos expostos, sem receios expus-me...de forma precipitada talvez, sou assim, dou-me quando tenho vontade de me dar.
As pessoas não sentem todas o mesmo nem em intensidades iguais, tenho isso bem presente e no entanto não consigo deixar de esperar ingenuamente uma reciprocidade utópica e de conto de fadas, sou um sonhador...
Não espero o final feliz digno dos filmes animados da Disney, em que a princesa casa com o sapo ou com o ogre, mas sapo também eu não sou, e longe estou de ser ogre, espero apenas pelo beijo ao partilhar o mesmo fio de esparguete duma dama e um vagabundo que se descobrem um ao outro sob a música trapalhona do acordeão...eterno romântico...eterno amante...eternamente vagabundo sem ideia de encontrar a felicidade...

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