domingo, 11 de março de 2012

Faço tudo - Parte II

Uma peça de engenharia delicada
O nosso coração "tic-taca"
Nunca sonharia por nada
Nem numa visão fraca
Que por mais corda que desse
Essa peça enferrujaria ou parava
É no fundo frágil ao que parece
Relógio, velharia que tocava

Não acertas ponteiros nem a custo
Certos e ligeiros perante um susto
Mas inconstantes e arrítmicos numa paixão
Incessantes e atípicos tocam em vão...
Em vão descuidado enquanto to ofereço
Porque o meu relógio não tem preço
Prometes cuidado? É tudo o que peço
Encontra corda para o acertar
Coração, relógio na montra acorda para te amar!

Detalhe

Sinto com a ponta dos dedos, o braille mais lindo que existe, leio beleza enquanto te toco. Pinto com conta e sem medos o detalhe, omitindo o despiste que veio da incerteza anotando num bloco...Sinto e toco, escrevo e conto, pressinto e sufoco...sem medos no meu bloco escrevo e conto, o que pinto não é oco...é o mais belo que tu me fazes sentir...