Debruço-me sobre ti companheiro fiel,
Espalho os bocados do meu coração pela tua face,
Segredos desvendados em ti simples papel,
Segredos que te conto por mais que o tempo passe.
Alguns repetidos, outros pela primeira vez,
Segredos únicos e sentidos, segredos em português.
Verdades que eu partilho contigo,
Mentiras que me enganam meu amigo,
Por vezes as duas numa só...
Mas a verdade e a mentira eu trago comigo
À espera de as ver cair como peças de dominó.
Papel que não opinas,
Papel que não tens coração,
A calma que me ensinas,
Enquanto te marco com dedicação.
Amigo não és, nem tão pouco confidente,
Em notas de rodapés vou-te tornando diferente,
Cada vez mais escrito, aos poucos completo,
Cada vez mais bonito, aos poucos com afecto
Escrevo-te mais e mais, esperando que sejas eu,
Cada vez mais aflito, aos poucos segues um trajecto,
Ganhas-me a mim nas linhas horizontais...passas a ser Eu.
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