sábado, 23 de abril de 2011
Tempo
Levanto-me ás escuras, apenas a luz que emana do computador alumia as paredes brancas do meu quarto. O quarto está como me sinto...ás escuras...com uma luz que brilha ao fundo. Vou buscar água, a boca seca não ajuda numa espera amarga que o tempo passe por mim o mais rápido possível. Mas o tempo não passa, ele mói-me, satura-me, pesa sobre as minhas costas e temo não o conseguir suportar, vejo-me como Atlas a suportar a terra, mas as forças esvaem-se, o suor escorre-me pela testa, não carregarei o tempo nem por mais um segundo! Volto sem tempo para o quarto, ainda ás escuras, mas leve. Deito-me mas agora não tenho tempo. Quando me levantarei? Como saberei o que fazer e quando o fazer? Afinal o Tempo se calhar era necessário...aquele tempo que me lembra a dor, aquele tempo que trás alegrias e desgostos, aquele tempo que me faz recordar coisas bonitas por alguns momentos, o tempo que me obriga a crescer, que me faz homem, que permite aos sentimentos crescerem, o tempo que trás o Sol, que trás a noite, que trás a Lua. Levanto-me com saudades e corro para a cozinha, vou buscar o tempo que perdi, vou contar os minutos que fiquei sem ti, vou contar o tempo, o tempo que me leva a ti...
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