Descubro-te por trás de um véu,
Desvendo os traços do teu rosto,
O Sol brilhou no céu
E não te vi como era suposto.
Afastei o meu olhar
Quando deveria ter olhado,
Agora o véu voltou ao lugar
E fiquei desapontado.
Esfrego os olhos devido ao ardor
Da luz, permaneces sem cor
Minha imaginação não te faz jus,
Seja como for, já só vejo o brilho dos teus olhos nus.
Corro atrás de ti mas nunca te alcanço,
Escorro em suor por ti, nunca me canso,
Pé ante pé, passo a passo,
Corro até se a única motivação seja a memória do teu abraço.
Quando penso que te tenho,
Vejo que estou na beira dum precipício,
Tu és ave, eu sou ovelha num rebanho,
Tu voas livre, eu sou oferecido em sacrifício.
A minha alma voa
Mas o meu corpo não,
Sonhos evitam que o meu coração doa,
Sonho sonhos neste serão.
Sonhos são o quê?
Extensão da imaginação?
Sonho contigo porquê?
Se o que sinto é uma platónica ilusão.
Sonho contigo porquê?
Se o teu rosto ficou debaixo desse véu, escondido na escuridão...
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