O meu coração que hoje não desacelera
Tu o acalmas, tu o aceleras,
Sente-o então no meu peito como fera
Enjaulada que se solta quando menos esperas.
Eu perco o controlo, tu me controlas,
Fico tolo mas tu me amolas
Como faca afiada que sou,
De rombo a afiado ficou,
Mas para que me afias se não posso cortar?
Porque me dás fio tão sublime para matar?
Será porque aprecias ver-me capaz de soltar
Carne do corpo frio num crime vulgar?
Mas crime não é ser afiado,
Crime não é matar,
Crime é não ficar do teu lado
Não cuidar de ti e te desapontar.
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